TRT-15 inaugura exposição Clicando Campinas, com imagens de lugares históricos da cidade
Foi inaugurada nesta quinta-feira, 26/7, no Espaço Cultural do TRT da 15ª Região, no 3º andar do edifício-sede da Corte, em Campinas, a exposição "Clicando Campinas", com trabalhos de um grupo de fotógrafos que registram a história, a arquitetura e a cultura da cidade.
Durante a vernissagem, o presidente do Tribunal, desembargador Fernando da Silva Borges, deu as boas-vindas aos expositores e agradeceu-lhes pela disposição de trazerem seus trabalhos "ao espaço do Tribunal que é reservado exatamente para a divulgação da cultura". O magistrado ressaltou que a mostra se dá numa data "bastante simbólica", não só para Campinas, que completou 244 anos no último dia 14 de julho, como também para o TRT-15. Ele lembrou que, há 32 anos, no dia 14 de julho de 1986, o então presidente da República José Sarney sancionou, no Centro de Convivência de Campinas, a lei de criação da Corte.
A coordenadora da exposição e uma das criadoras do grupo Clicando Campinas, a pesquisadora e fotógrafa Nadja Prado, agradeceu ao desembargador Fernando Borges pelo convite e acolhida e também à desembargadora Tereza Aparecida Asta Gemignani, pelo apoio fundamental à iniciativa. Ela explicou que a exibição tem como objetivo "resgatar e preservar a história de nossa querida cidade" e ressaltou que "Campinas merece nosso respeito, necessita de nosso carinho, e jamais deve perder sua própria identidade, formada pelas características arquitetônicas, culturais e geográficas".
Em seguida, a professora e poetisa Carmen Geraldi declamou um poema de sua autoria sobre a história de Campinas e sobre o seu amor pela cidade – "quantas histórias bonitas vivenciadas com muito amor, mas hoje se agigantou em plena modernidade e continua tão linda em sua totalidade". Encerrando o evento, Nadja Prado ressaltou o apoio do advogado e historiador Jorge Alves de Lima à exposição e entregou flores a Maria Letícia de Barros Gonçalves, que o representou no evento.
Além de convidados, a vernissagem contou com a presença dos desembargadores Edmundo Fraga Lopes (vice-presidente judicial), Ana Paula Pellegrina Lockmann (vice-diretora da Escola Judicial), Eduardo Benedito de Oliveira Zanella e Maria Inês Corrêa de Cerqueira César Targa, entre outros magistrados, e de vários servidores do Regional.
A exposição
São 21 imagens, assinadas pelos fotógrafos Adilson Luiz Pavan, Alexandre Gozzi, Carlos Roberto de Almeida, Donny Martins, Enio Prado, Guto Stancatti, João Polsak, Josemar Antônio Giorgetti, Maria Helena Novaes Rodriguez, Nadja Prado, Paulo Augusto Oliveira, Regiane Capp Couto Buccioli, Reinaldo Escudeiro e Toninho Monteiro.
As fotografias retratam lugares históricos da cidade, como a obra "A raiz de um povo", de Paulo Augusto Oliveira, tirada na fachada da Catedral Metropolitana de Campinas, inaugurada em 1883, durante a lavagem de sua escadaria. O autor explica que a ideia inicial da foto era mostrar apenas o azul do céu em contraste com o amarelo da fachada da igreja, mas que, nos segundos que antecederam ao click da câmera, algumas crianças, curiosas, se posicionaram na frente da máquina, e o retrato se tornou algo espontâneo, melhor do que ele tinha planejado.
A obra "Cidadania hoje!", de Maria Helena Novaes Rodriguez, retrata o coreto do interior da sede da Associação da Educação do Homem de Amanhã (AEDHA), da qual ela é presidente. A autora explica que o título é também o nome de um dos projetos tocados pela associação e que os "meninos" que aparecem na foto são aprendizes, "mais uma razão pra eu a expor aqui, justamente no Tribunal do Trabalho, que também está cuidando dos jovens para sua inclusão no mundo do trabalho".
Já o expositor Josemar Antônio Giorgetti, autor de três das fotos exibidas ("A revoada das andorinhas", "Ora pro nobis" e "Agradecimento"), tem como foco a arte tumular – duas delas foram tiradas no Cemitério da Saudade –, objeto de seu mestrado, com recorte nas obras de Lelio Coluccini. Para ele, o objetivo de fotografar lugares históricos é dar destaque aos patrimônios que passam despercebidos pelas pessoas, inclusive as obras presentes no cemitério, lugar que, em suas palavras, "é a miniatura da cidade, conta a história da cidade".
A exposição fica aberta ao público das 12h às 18h, de segunda a sexta-feira, até o dia 10 de agosto. A entrada é franca.
O grupo
Criado e coordenado por Nadja Prado e seu marido, Enio Prado, o grupo Clicando Campinas é formado por professores, historiadores, artistas plásticos e artesãos, reunidos pelo interesse pela cultura, pelo amor pela fotografia e pelo carinho pela cidade. No espaço virtual, os participantes são convidados a postar fotografias de Campinas, desde que sejam autorais. A partir do grupo inicial, explicou Nadja, surgiram outros três: "Cemitério da Saudade e Mundo", "Centrão de Campinas" e "Edificações Antigas do Brasil", todos voltados à preservação cultural.
A coordenadora conta que, ao observar o entusiasmo das pessoas, passou a organizar passeios fotográficos e culturais pelas áreas tradicionais e históricas do município. "Homens, mulheres, idosos, jovens e crianças, todos participam de nossos passeios, com ou sem máquina fotográfica, pois o importante é compartilhar os mesmos sentimentos com relação à terra de Carlos Gomes e de tantos outros personagens ilustres ou anônimos que também fizeram parte dessa próspera e bela cidade".
Neste mês, o passeio mais recente focou o interior do centenário e tradicional Colégio Culto à Ciência e as ruas da Vila Industrial, um dos bairros mais antigos de Campinas.
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