TRT-15 recebe exposição É Primavera..., com telas que utilizam técnica secular de pintura

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Foi inaugurada na terça-feira, 18/9, às 18h, no Espaço Cultural do TRT da 15ª Região, no 3º andar do edifício-sede da Corte, em Campinas, a exposição "É Primavera...", do artista plástico campineiro Marcos Garcia. A mostra está aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h, até o dia 19 de outubro. A entrada é franca.

Durante a vernissagem, as curadoras do Espaço Cultural, a desembargadora Maria Madalena de Oliveira e a juíza titular da 3ª Vara do Trabalho de Campinas, Marina de Siqueira Ferreira Zerbinatti, agradeceram o apoio e incentivo do presidente do Regional, desembargador Fernando da Silva Borges, e falaram sobre a importância do espaço para o TRT-15 e para a comunidade.

O autor da exposição agradeceu ao Tribunal o convite e a presença de todos durante um "momento muito conturbado do país, com museus sendo queimados". Emocionado, Marcos Garcia descreveu cada um dos quadros como "um momento de amor".

O presidente Fernando Borges deu as boas-vindas aos desembargadores, juízes, servidores e demais convidados, e agradeceu, especialmente, o apoio das curadoras do Espaço Cultural. O magistrado também externou a grande satisfação do Tribunal em oferecer um local de qualidade para sediar exposições de artes plásticas, ressaltando o papel da instituição no cumprimento de sua função social e cultural na comunidade de Campinas.

A vernissagem contou ainda com a presença dos desembargadores Edmundo Fraga Lopes, vice-presidente judicial do TRT-15, Edison dos Santos Pelegrini, vice-ouvidor da 15ª, Gisela Rodrigues Magalhães de Araujo e Moraes, Thelma Helena Monteiro de Toledo Vieira, João Alberto Alves Machado, José Otávio de Souza Ferreira, Carlos Alberto Bosco e Maria Inês Corrêa de Cerqueira César Targa. Prestigiaram também o evento, entre outros magistrados e servidores, o juiz auxiliar da Vice-Presidência Judicial, Renato Henry Sant'Anna, o diretor-geral do TRT, Adlei Cristian Carvalho Pereira Schlosser, o secretário-geral judiciário, Paulo Eduardo de Almeida, e a secretária-geral da Presidência substituta da Corte, Juliana Hauptmann Borelli Thomaz.

Embora a chegada da estação que intitula a exposição esteja próxima, Marcos Garcia revelou que o nome "É Primavera..." aconteceu por acaso, a partir de um projeto que ele pretendia fazer com uma poetisa, juntando poesias e quadros, entre eles a obra "É Primavera", que integra a exposição.

Ao todo a mostra reúne 14 telas, sendo quatro em óleo sobre tela e dez no pastel seco. Esse último método, considerado um dos mais antigos utilizados pelo homem, recebe o nome do giz utilizado pelo artista, objeto que oferece a pureza total das cores. Quando comparada a outras técnicas, a pintura pastel é mais intensa, estável e durável.

No entanto, o artista explica que há um "drama" na exibição, o fato de a técnica não ser conhecida no Brasil. "O grande problema em fazer essa exposição era dizer ‘pastel seco' e as pessoas não entenderem o que é. Daí a importância de eventos culturais como esse, considerados raros no cenário atual do País, ainda mais quando abertos ao público e acessíveis a todos", afirma Garcia. "A arte tem de ir aonde o povo está."

O autor deu destaque à obra "O estudante", que, segundo ele, representa um "encontro". Garcia conta que o quadro saiu em um momento estranho: "Eu não senti que fui eu que fiz". Em outras palavras, "ele teve vida própria", afirma.

O pintor

Formado em Artes pela École Superieur de Peinture Van der Kelen, em Bruxelas, Marcos Garcia tem na bagagem a participação em mostras internacionais e nacionais, como a exposição individual no Centro de Convivência Cultural de Campinas em 2001, na qual recebeu, da Câmara de Vereadores de Campinas, a Medalha Carlos Gomes. Também traz no currículo restaurações como a realizada na Capela da Casa de Saúde de Campinas, entre 2002 e 2003, e a da sede da Corporação Carlos Gomes, concluída em 2006.

Presidente do Museu de Arte Moderna de Campinas, Marcos Garcia explica que o tempo de produção de cada tela é relativo e envolve uma questão de sentimentos do momento, além de disponibilidade e inspiração. "A relação que o artista vai desenvolvendo com a arte é uma coisa muito visceral mesmo, vai tomando conta."

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