A presidente, a vice-presidente judicial e o presidente do Comitê de Erradicação do Trabalho Infantil do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, respectivamente, os desembargadores Gisela Rodrigues Magalhães de Araujo e Moraes, Tereza Aparecida Asta Gemignani e João Batista Martins César, acompanhados do assessor econômico do Tribunal, Roberto Koga, foram a São Paulo nesta segunda-feira (16/12) buscar novas parcerias para ações sociais com cônsules e empresários do México e da Suécia, além de representantes da Childhood Foundation. Na pauta das reuniões estavam práticas dos comitês da 15ª Região relacionadas a programas de estímulo à aprendizagem, responsabilidade socioambiental, combate ao trabalho infantil, promoção do trabalho seguro e combate à discriminação.

"Temos interesse tanto na cooperação na área acadêmica quanto no intercâmbio relacionado à aprendizagem, divulgação de ações de combate ao trabalho infantil e outras ações relacionadas ao mundo do trabalho", destacou a presidente do TRT-15, desembargadora Gisela Moraes, durante a primeira reunião da manhã. Participaram do encontro realizado no Consulado Geral do México, além da equipe do TRT-15, os anfitriões, o cônsul-geral do México, Raúl Bolaños-Cacho Guzmán, e o cônsul-geral adjunto, Luís Gerardo Hernández Madrigal, o gerente jurídico da Solistica, empresa responsável pela logística na América Latina do grupo Femsa (Coca Cola), Carlos Rodriguez Salinas, o advogado Eduardo João da Cruz, e o diretor jurídico do grupo Bimbo do Brasil (Pullman), Francisco Muñoz.

Donos das duas maiores economias da América Latina, Brasil e México mantém um fluxo de comércio anual de aproximadamente US$ 10 bilhões, com investimento recíproco de cerca de US$ 30 bilhões. O México investe no Brasil, sobretudo, nas áreas de telecomunicações e alimentos. Em 2015, os dois países assinaram um conjunto de acordos de cooperação para ampliar o investimento recíproco por meio de mecanismo de diálogo intergovernamental.

No segundo encontro do dia, os desembargadores do TRT-15 almoçaram e dialogaram com o cônsul-geral, vice-cônsul e com a assistente do cônsul da Suécia, respectivamente, Renato Pacheco Neto, Peter Johansson e Danielle van Jongeren, e com Roberta Rivellino e Itamar Gonçalves, presidente e gerente jurídico da Childhood Brasil, instituição criada em 1999 pela rainha Sílvia da Suécia para promover a proteção à infância e à adolescência.

Um dos principais temas do encontro foi a educação. "A formação profissional deve ser utilizada como ferramenta de promoção social e de enfrentamento dos males que afligem jovens brasileiros, como reforça o nosso Programa de Combate ao Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem", assinalou a presidente do TRT-15, desembargadora Gisela Moraes.

A vice-presidente judicial do TRT-15, desembargadora Tereza Asta também destacou a importância fundamental da educação. "Estou convencida de que o desenvolvimento de um país não se faz apenas com braços. Precisamos de cérebros capacitados", ressaltou.

Atualmente, há mais de 180 empresas suecas no Brasil. O fluxo anual de comércio entre os dois países é de aproximadamente US$ 2 bilhões. O relacionamento bilateral foi fortalecido nos últimos anos com a decisão do governo brasileiro de adquirir 36 aeronaves de caça da empresa sueca Gripen. A cooperação técnico-militar envolve compartilhamento da propriedade intelectual do produto final, transferência de tecnologia e cooperação industrial, bem como a capacitação de mão de obra brasileira para o futuro desenvolvimento de aeronaves de combate.