A última atividade do "Encontro de Magistrados Vitalícios e Gestores de Unidades de 1ª Instância", promovido pela Escola Judicial (Ejud) do TRT-15 e realizado no auditório da Universidade Presbiteriana Mackenzie de Campinas, deu a voz aos juízes e diretores das varas do trabalho da 15ª Região. Na sexta-feira (4/10), os cerca de 170 participantes se dividiram em subgrupos para debater os temas propostos: Avaliação do trabalho, Gestão de tarefas e de pessoas, Reconhecimento e importância do trabalho e Relacionamento interpessoal. Na sequência, com todos reunidos em plenária, um representante de cada grupo tomou a palavra para apresentar o relatório com as principais dificuldades identificadas por seus pares no dia a dia das unidades. 

 

Na "mesa de escuta", estavam a diretora da Ejud, desembargadora Maria Inês Corrêa de Cerqueira César Targa, o desembargador Ricardo Regis Laraia, e os juízes auxiliares Cristiane Montenegro Rondelli (Presidência), Renato Henry Sant'Anna (Vice-Presidência Administrativa), e Flávio Landi (Corregedoria da 15ª Região). Seguindo a dinâmica proposta de uma "palestra dialogada", os representantes da Administração ouviam as questões colocadas pelos juízes e diretores de secretaria e, posteriormente, manifestavam-se sobre as demandas.  As responsáveis pela estrutura pedagógica do curso, Lis Andréa Soboll e Louise Vendramini, mediaram o diálogo. Lis Soboll disse que "mais do que falar com a mesa, a atividade é uma conversa entre todos vocês", e convidou os participantes a "compartilharem com seus colegas tudo aquilo que gostariam".

 

 

 

Com a palavra franqueada, juízes e diretores de secretaria falaram sobre os principais problemas relacionados ao trabalho nas unidades de primeiro grau e seus impactos na saúde e nos relacionamentos interpessoais nas equipes. Foram 20 oradores que apresentaram os resultados da construção coletiva dos relatórios dos 4 temas eleitos nos grupos de trabalho. Em alguns momentos da reunião também houve a intervenção direta da plenária, cujos participantes puderam se manifestar sobre os temas apresentados e sobre as considerações feitas pelos representantes da Administração do Tribunal. Soluções para os desafios apontados também foram debatidas e propostas pelos próprios participantes. 

 

 

 

Ao comentar as principais questões levantadas, o desembargador Ricardo Regis Laraia ressaltou que "o que nós estamos dizendo agora não invalida em nada o que vocês colocaram". Laraia também disse ser importante "levar o que está sendo dito para quem constrói as metas". 

 

 

O juiz auxiliar da Vice-Presidência Administrativa, Renato Henry Sant'Anna, ressaltou que "a Administração do Tribunal está de portas abertas" e que "o momento é muito favorável ao diálogo". 

 

 

O juiz auxiliar da Corregedoria da 15ª Região, Flávio Landi, também ressaltou a disponibilidade ao diálogo e explicou como o sistema de pedidos pelo Proad preserva a transparência e a coerência das decisões administrativas. 

 

 

A juíza auxiliar da Presidência, Cristiane Rondelli, enfatizou que o "nosso papel aqui não é o de apresentar justificativas, estamos aqui para ouvir e levar adiante as questões levantadas". Cristiane Rondelli lembrou da abertura da atividade, quando a presidente do TRT-15, Gisela Rodrigues Magalhães de Araujo e Moraes, pregou união e diálogo. A magistrada também resgatou a palestra da filósofa Viviane de Souza Mosé, que declamou sua poesia sobre "a importância da palavra líquida, para que a gente não se calcifique, não endureça e não adoeça".

 

 

A desembargadora Maria Inês encerrou a atividade registrando o compromisso de elaborar um documento final com os resultados do Encontro de Magistrados Vitalícios e Diretores de Secretaria para balizar a atuação da Administração do Tribunal na busca de soluções para os principais problemas apontados.