Encerrado o III Encontro de Magistrados e Diretores do TRT-15, propostas serão encaminhadas para a Administração da Corte
Na sexta-feira, 8/11, uma "palestra dialogada" marcou o encerramento do 3º Encontro de Magistrados Vitalícios e Gestores de Unidades do TRT-15, evento realizado no auditório da Universidade Presbiteriana Mackenzie de Campinas e promovido pela Escola Judicial da 15ª Região (Ejud). Os cerca de 170 participantes foram divididos em grupos para debater os temas avaliação do trabalho, gestão de tarefas e de pessoas, reconhecimento e importância do trabalho e relacionamento interpessoal. Na sequência, dois representantes de cada tema apresentaram os principais problemas identificados e as propostas de solução na plenária. Como interlocutores da Administração e na "escuta ativa", estavam o desembargador Ricardo Regis Laraia, diretor em exercício da Ejud, e os juízes auxiliares Alvaro dos Santos, da Presidência, e Renato Henry Sant'Anna, da Vice-Presidência Administrativa.
As responsáveis pela estrutura pedagógica do curso, Lis Andréa Soboll e Louise Vendramini, mediaram o diálogo. Lis Soboll disse que a atividade é uma prática de gestão colaborativa que favorece a troca de ideias e a valorização da inteligência coletiva. A especialista registrou que "a gestão por cooperação pressupõe o reconhecimento recíproco". Para ela, "ouvir com correspondência, escutar o outro e ser escutado geram reconhecimento". "A ideia aqui é não julgar, mas sair do campo das certezas, ousar e ouvir o que o outro tem a dizer", explicou. Sobre a dinâmica da atividade, Louise Vendramini destacou que os componentes da mesa poderiam "fazer um acolhimento, esclarecimento ou explicação das falas".
Disposição para a construção de soluções
O juiz auxiliar da Presidência, Alvaro dos Santos, destacou que "esse é o momento da gente ouvir e falar sem a pretensão de convencer". Sobre as metas, ponderou que "são um padrão de alcance de comportamento, mas que não são o objetivo final", e resgatou a fala da presidente do Tribunal, desembargadora Gisela Rodrigues Magalhães de Araujo e Moraes, que na abertura do Encontro disse que o atingimento das metas não pode implicar no sacrifício da saúde de magistrados e servidores.
Renato Henry Sant'Anna, juiz auxiliar da Vice-Presidência Administrativa, contou que a ideia inicial do Encontro era contar com a participação dos desembargadores da Administração da Corte, "mas que houve um consenso de que todos se sentiriam mais à vontade de trazer suas reivindicações para um juiz de 1º grau, e assim foi feito e o modelo se mostrou acertado". O magistrado também sublinhou "a disposição da Administração do TRT para ouvir e buscar soluções conjuntas".
O desembargador Ricardo Laraia também enfatizou que "não temos a pretensão de estabelecer um debate. A ideia é que vocês exponham, a gente escute e leve adiante". O magistrado afirmou que com a conclusão dos três Encontros de Magistrados Vitalícios e Gestores de Unidade "vamos reunir o material e sistematizar as demandas, anseios e propostas apontadas para serem levados à apreciação da Administração do TRT-15".
Ricardo Laraia ponderou, contudo, que "às vezes é preciso ampliar o olhar, porque diante de um problema temos a tendência de focar, mas se a gente der 2 ou 3 passos atrás conseguimos ter uma visão mais ampla". Assim, disse que em muitos casos "não estamos diante do problema de uma Administração, e nem de um Tribunal, pois boa parte das dificuldades que enfrentamos hoje são da Instituição (Poder Judiciário) inteira, no sentido de que há toda uma estrutura montada para tratar números. E o resto não existe mais… Precisamos compreender que a nossa luta é um pouco mais ampla", concluiu.
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