Magistrados do TRT-15 conhecem hospital GPACi e projeto social da Padaria Real premiado pela ONU

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Em visita ao município de Sorocaba na segunda-feira, 13/5, a presidente do TRT da 15ª Região, desembargadora Gisela Rodrigues Magalhães de Araujo e Moraes, conheceu o Hospital GPACi - Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil, unidade de Alta Complexidade em Oncologia, e a Padaria Real, empresa reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) pelas boas práticas de empregabilidade para pessoas com deficiência.

Acompanhada, no GPACi, pelo desembargador João Batista Martins César, presidente do Comitê de Erradicação do Trabalho Infantil e de Estímulo à Aprendizagem do TRT-15, e pelo juiz titular da Vara do Trabalho de Piedade, Ronaldo Oliveira Siandela, Gisela Moraes foi recepcionada pelo administrador do hospital, Ricardo Diacov, pela coordenadora da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a médica Renata Seixas, pela diretora de eventos do GPACi, Gláucia Blazeck, e pelos membros do Conselho Administrativo da instituição Rogério Giampaoli e Ricardo Scanhoela. Os magistrados assistiram a uma apresentação sobre o hospital e, em seguida, visitaram algumas unidades, incluindo oito leitos recém-inaugurados e a brinquedoteca.

 

Referência para 48 cidades da região no tratamento de crianças e adolescentes na faixa etária de zero até 18 anos, o GPACi realizou mais de 60.000 atendimentos e 29.000 exames de imagem no ano passado, a maioria pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A instituição conta com o auxílio dos governos federal, estadual, municipal, além de doações espontâneas e da realização de eventos solidários. Atualmente, o GPACi concentra esforços na captação de recursos para as obras do setor de transplante de medula óssea.

A desembargadora Gisela Moraes anunciou a destinação de R$ 50 mil ao hospital, proveniente de Ação Civil Pública ajuizada na 3ª Vara do Trabalho pelo procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) de Sorocaba, Juliano Alexandre Ferreira. Também foram iniciadas tratativas para inserir o GPACi na lista das entidades beneficiadas com verbas oriundas de condenação por dano moral coletivo em processos trabalhistas.

Muito além das boas receitas

 

No período da manhã, os magistrados visitaram a Padaria Real, empresa familiar com quatro unidades em Sorocaba, premiada pela ONU, em 2018, com o prêmio "Boas Práticas de Empregabilidade para Trabalhadores com Deficiência", na categoria gestão, sendo agraciada também pelo TRT da 15ª Região, com a insígnia do Grande Colar da Ordem do Mérito Judiciário, em março deste ano. A visita foi acompanhada pelo fundador da empresa, José Vicente de Souza, e por seus filhos José Eduardo de Souza e Marisa de Souza Vieira. Também integraram o grupo o desembargador aposentado do TRT-15 Henrique Damiano e Marcelo Pires, diretor da Consolidar, empresa de assessoria na gestão da inclusão.

Para a produção e venda de mais de 500 itens por dia, entre pães, doces, sorvetes e a famosa "coxinha", a empresa conta com 725 funcionários, divididos em seis setores. Ciceroneado pela embaixadora da diversidade e inclusão da empresa, Samanta Vilalon, o grupo pôde conhecer histórias como a do padeiro Carlos Donizete Aparecido Torres, que trabalha na Real desde 1977. A deficiência auditiva nunca foi empecilho para o exercício da profissão com competência. É o caso também de Celso Inácio dos Santos, cego de nascença, que domina todas as funções do setor embalagem, conhece os códigos da balança e ensina os novatos, ao lado de Cássia de Lima Souza, portadora de deficiência intelectual. No depósito, Alan Costa e Reginaldo Nagatomo, deficientes visuais, conferem o estoque de matérias-primas com a ajuda de lupas digitais. "O que mais nos impressiona é a forma sistematizada com que a empresa promove a política de inclusão social. Há um tratamento absolutamente equânime, sem distinção ou imposição de limitações nas funções exercidas pelas pessoas com deficiência", assinalou a presidente do TRT-15, desembargadora Gisela Moraes.

 

Por trás das boas receitas, como as dos pães especiais produzidos pelas mãos hábeis de Fauze Kamel Abdouni, natural do Líbano, que ficou surdo aos sete anos, vítima da explosão de uma bomba durante a guerra em seu país, há um compromisso real com a inclusão. Atualmente são empregadas 33 pessoas com deficiência na empresa, o que excede a cota estabelecida pela Lei 8.213/1991. As oportunidades de emprego efetivo, entretanto não se restringem às PCDs. A empresa mantém parcerias com instituições de aprendizagem para contribuir com a formação educacional e profissional de jovens. Atualmente, 40 aprendizes integram o quadro funcional da empresa.

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Comunicação Social