Material doado pelo TRT-15 a creche de Campinas será usado em atividades recreativas e educacionais
Crianças ficaram eufóricas ao receberem milhares de folhas de papel coloridas, que ficaram sem uso pelo Tribunal depois da implantação do processo eletrônico
Por Luiz Manoel Guimarães
Em mais uma ação de caráter social e de responsabilidade ambiental, o TRT-15 doou nesta quinta-feira, 27 de junho, à Creche Escola Irmã Maria Ângela (Ceima), na Vila Georgina, em Campinas, milhares de folhas de papel coloridas que ficaram sem uso no Tribunal com o advento do Processo Judicial Eletrônico, o Pje. Também foram doados materiais de escritório igualmente classificados como inservíveis no Regional.
Todo o conteúdo da doação deriva da Semana de Responsabilidade Social, iniciativa que a Corte promoveu de 8 a 12 de abril deste ano, por intermédio de sua Comissão de Responsabilidade Socioambiental e Meio Ambiente do Trabalho. Durante aquele período, um grande volume de material já tido como inservível foi coletado nos mais diversos setores do TRT.
Mas o que representa uma folha de papel em branco para uma criança? E se essa folha, em vez de literalmente branca, for amarela, azul, marrom, verde? Pode até parecer lugar-comum, mas o que aconteceu nesta quinta-feira na creche deixou uma sensação que foi além de coisas como "dever cumprido" ou de um puro e simples bem-estar. Segundo a secretária da Administração do Tribunal, Ana Sílvia Damasceno Cardoso Buson, que acompanhou pessoalmente a entrega do material, as crianças atendidas pela instituição – são mais de 180, dos três aos seis anos de idade - se encantaram de tal forma que ficou difícil descrever o sentimento despertado naquela hora. "A euforia foi grande, inclusive das professoras, que diziam para as crianças coisas como ‘você vai poder escolher que cor quer usar'", lembra Ana Sílvia. "Foi um momento precioso. Elas acharam as cores lindas."
Foi como se cada uma daquelas folhas começasse a abrir, de imediato, uma pequena porta para a imaginação das meninas e meninos, todos vindos de famílias pobres das redondezas. Antes usadas como capas de processo, as folhas agora servirão a propósitos também dos mais nobres, em dezenas de mãos tão criativas quanto pequeninas, nas atividades recreativas e educacionais da creche.
Mantida pelo Colégio Franciscano Ave Maria, também de Campinas, a creche está localiza na Rua Francisco de Campos Abreu, 312. A instituição presta ainda assistência às famílias das crianças, com serviços de orientação e distribuição de cestas-básicas, entre outras iniciativas.
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