Relógio centenário inglês, doado ao TRT-15 pelo DNIT, é restaurado e instalado na sede administrativa
A presidente do TRT-15, desembargadora Gisela Rodrigues Magalhães de Araujo e Moraes, inaugurou na manhã desta quarta-feira, no segundo andar do edifício-sede Administrativo, um relógio centenário inglês, fabricado por John Walker, e que foi doado ao tribunal pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A cerimônia de descerramento contou com a participação da vice-presidente administrativa, desembargadora Ana Amarylis Vivacqua de Oliveira Gulla, da diretora da Escola Judicial, desembargadora Maria Inês Corrêa de Cerqueira César Targa, do ouvidor do TRT-15, desembargador Francisco Alberto da Motta Peixoto Giordani, e dos desembargadores Luiz Antonio Lazarim, Fernando da Silva Borges, presidente da Corte no biênio 2016-2018, Edmundo Fraga Lopes, Claudinei Zapata Marques e Ana Paula Pellegrina Lockmann.
O servidor Flávio Roberto Opúsculo Cabral, um dos principais interlocutores para a doação do relógio, contou a experiência de achar, por acaso, durante uma visita ao prédio da Inventariança, em São Paulo, aquele relógio, em cima de dois botijões de gás, numa pequena sala debaixo de uma escada. A visita, que contou também com os servidores Wagner Gotardo e João Marinho, rendeu um longo diálogo entre o tribunal e o DNIT, mais precisamente entre 2012 e 2017, até terminar com a doação do relógio fabricado em 1870, na Inglaterra.
Animados pelo histórico da peça que já fora instalada na Estação da Luz, na capital paulista, os servidores trataram de encontrar um restaurador especializado para a empreitada. Foi então que a servidora Bianca André Amaral (na foto acima, ao lado da presidente do TRT-15) encontrou em São Paulo o profissional adequado para a tarefa.
O relojoeiro Marcio Saconi aceitou o desafio. Ele contou que, em visita ao tribunal para conhecer o relógio, percebeu que se tratava de um objeto bastante raro, fabricado com tecnologia muito avançada para a época e que nunca havia passado por uma manutenção. Também apresentava muitas de suas peças destruídas. A restauração foi longa, envolveu uma profunda pesquisa, principalmente para se garantir uma restauração adequada, inclusive com escolha de ferramentas específicas, respeitando-se o material utilizado originalmente, como a moldura de latão fundido, uma das peças que mais desafiaram a sensibilidade e técnica do restaurador.
Para a presidente Gisela Moraes, o relógio é um presente para o tribunal e seus servidores. A magistrada ressaltou a sensibilidade e capacidade do restaurador, que também redigiu um texto informativo sobre a peça, em primeira pessoa (o próprio relógio) contando sua história.
A vice-presidente administrativa, Ana Amarylis Vivacqua Gulla, em nome da presidente Gisela Moraes, impedida de falar por causa de uma faringite, leu um texto emocionado que ressaltou a importância do restauro do relógio, verdadeira testemunha de muitas histórias no Brasil e na cidade da rainha Vitória, na Inglaterra. "Quase como um personagem vivo, esse objeto histórico viveu na Estação da Luz e agora acolhemos esse presente que vivenciou o passado e poderá testemunhar o futuro".
A desembargadora Ana Amarylis, inspirada também pela beleza do relógio e por seu importante significado, ressaltou que esse "não é um relógio de sol, mas vai registrar preponderantemente as horas em que o sol brilha".
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