Última turma do curso de Gestão de Gabinetes é formada por juízes convocados e servidores

Conteúdo da Notícia

 

Por Ademar Lopes Junior

 

Um grupo formado por 28 juízes do trabalho convocados para substituir no Tribunal e mais 33 servidores assistentes participou na tarde desta quinta-feira, 29/8, na Escola Judicial da 15ª Região, da última turma do curso de Gestão de Gabinetes, ministrado pelo desembargador Claudinei Zapata Marques. O curso, que teve início em março deste ano, já foi ministrado a seis diferentes turmas formadas por desembargadores e servidores, em encontros que ocorreram mensalmente. No encontro desta semana, o desembargador Zapata ressaltou que os conhecimentos compartilhados no seu curso podem ser aplicados não só em gabinetes, mas em qualquer situação, como forma de repensar a maneira como fazemos as coisas. No caso dos participantes dessa turma, "os juízes podem aplicar essas técnicas nas secretarias de varas", afirmou.

"Construir o gabinete ideal" é a proposta original do curso, que tem duração de quatro horas e abordagem de temas relacionados à gestão em diferentes aspectos (gabinete, processos e pessoas, processos de trabalho e desempenho), além de uma exposição inspirada na obra do escritor norte-americano Stephen Covey, "Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes".

 

O desembargador Claudinei Zapata afirmou que o principal objetivo do curso não é ensinar, mas compartilhar um projeto que deu certo em seu gabinete, e que vem sendo desenvolvido ali desde 2016, quando seu estoque chegou a quase 600 processos. A partir de agosto de 2016, com a implantação de seu projeto chamado de "Gabinete Ideal", os números só caíram (351 processos em setembro, 283 em outubro, 207 em novembro, 154 em dezembro até o atual estoque médio de 25 processos). Segundo o desembargador Zapata, "não existe mágica, mas gestão". O próprio magistrado confessou que precisou mudar seus paradigmas de como encarava antes seu trabalho como gestor, e atribuiu à implantação de seu projeto o sucesso que envolve ao mesmo tempo a solução dos processos em tempo razoável, a mudança da cultura organizacional e a melhoria da qualidade de vida do grupo.

 

Para o desembargador Zapata, a construção do gabinete ideal passa, antes de tudo, pelo diagnóstico dos problemas que envolvem a equipe de servidores e os fluxos do trabalho, depois pela adoção de uma comunicação estratégica que inspire o alinhamento organizacional com o mapeamento e redesenho dos processos de trabalho do gabinete e, por fim, pela governança, na qual o desembargador é o gerente do projeto e seus servidores os gestores.

 

Unidade Responsável:
Comunicação Social