Pleno rende homenagem à desembargadora Madalena
Os desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região iniciaram os trabalhos da sessão ordinária do Pleno Administrativo nesta quinta-feira, 23/5, com uma homenagem à colega desembargadora Maria Madalena de Oliveira, que faleceu no dia 15 de maio. Pedro Henrique Candido de Oliveira, o filho único da desembargadora Madá, como carinhosamente era conhecida, estava presente, acompanhado da juíza Marina de Siqueira Ferreira Zerbinatti.
#ParaTodosVerem: Foto do Plenário mostra os desembargadores sentados. Ao fundo, no telão, a imagem de uma foto da doutora Maria Madalena.
#ParaTodosVerem: Pedro Henrique ao lado da doutora Marina, sentados, acompanham a homenagem feita a Maria Madalena.
#ParaTodosVerem: Sentados à mesa alta, dois homens e três mulheres.
O presidente da Corte, desembargador Samuel Hugo Lima, lembrou que conheceu a então juíza Madá em Araçatuba em 1990, durante um mutirão de audiências. “Naquele momento comecei a admirar sua excelência”, disse. Entre as virtudes da magistrada, o presidente destacou seu gosto pela música, tão marcante que “até os seus votos eram musicados”.
Coube ao desembargador Gerson Lacerda Pistori, amigo da magistrada desde os tempos de faculdade de Direito no Largo de São Francisco, em fins dos anos 1960, ler um texto escrito pelo filho da desembargadora. Além da trajetória profissional, o desembargador Gerson também emocionou o público contando peculiaridades da colega, que amava as artes, as viagens (conheceu 17 países em companhia do filho, onde visitou museus, bares e catedrais), o Corinthians, o samba (foi cabrocha, na juventude, na Escola de Samba Pérola Negra), sua coleção de corujas (símbolo da sabedoria), as questões indigenistas, o cinema, a boemia, os amigos, a boa conversa e, acima de tudo, a democracia e a justiça social.
Ao encerrar, o desembargador Gerson ressaltou o que para ele de mais expressivo foi a marca de sua amiga Madá: o amor, o afeto, o carinho, a dedicação e o acolhimento, e se emocionou ao cantarolar, em homenagem à despedida da amiga, um trecho do samba “Tristeza”, de Nilton de Souza.
#ParaTodosVerem: Foto de parte do Plenário mostra os desembargadores sentados. O desembargador Gerson Lacerda Pistori fala ao microfone.
O presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Amatra XV), juiz Sérgio Polastro Ribeiro, em sua homenagem à amiga Madalena, destacou sua capacidade de escrever, com sensibilidade e sagacidade, o que a tornava uma “juíza genial, que amou até o fim a magistratura, seus pares, a Corte, o trabalho”, deixando marcado seu nome para a posteridade em jurisprudências e sua foto pendurada na galeria dos vice-corregedores do TRT-15. O magistrado lembrou que seu amor pela magistratura era tão grande, “que talvez ela tenha feito a opção de não viver neste mundo sem a toga, sem exercer o que mais gostava, não se permitindo se aposentar”. E sobre o filho Pedro Henrique, o juiz Polastro afirmou ser ele “o maior legado de Madá”.
#ParaTodosVerem: O juiz Sérgio Polastro sentado no Plenário, fala so microfone.
A procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho da 15ª Região, Alvamari Cassillo Tebet, também registrou a “profunda tristeza" pelo falecimento da desembargadora, e o evidente vazio pelas falas e na comunidade jurídica. “Que seu espírito gentil nos inspire sempre a seguir adiante, por um mundo mais justo e equitativo”, concluiu.
#ParaTodosVerem: Sentada à mesa alta, a procuradora-chefe do MPT, Alvamari Cassillo, fala ao microfone.
Com uma participação telepresencial, o advogado e Luiz Fernando Ribas também falou de sua amizade de mais de 16 anos com a desembargadora Madalena, sobre quem contou alguns casos curiosos e engraçados, e sua indignação, a ponto de perder a paciência, com quem usava em audiência o termo “juiz de piso”.
#ParaTodosVerem: Os desembargadores observam no telão a participação telepresencial do advogado Luiz Fernando.
A servidora Valéria Padilha, do gabinete da desembargadora Madalena, de quem foi assessora e amiga, usou a tribuna para registrar sua saudade e seu desejo de ter podido conviver por mais tempo com a magistrada, principalmente por ter aprendido muito com ela.
#ParaTodosVerem: A servidora Valéria Padilha fala ao microfone.
Encerrando as homenagens, a desembargadora Ana Amarylis Vivacqua de Oliveira Gulla pediu a fala para registrar sua dívida para com a amiga, a quem ficou de render uma homenagem quando do anúncio de sua aposentadoria, que ocorreria este ano. “Quis fazer uma homenagem posterior e não tive tempo, agora não posso deixar de falar de minha admiração e meu amor”.
#ParaTodosVerem: A desembargadora Ana Amarylis fala ao microfone sendo observada pelos demais desembargadores.
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