Por Ademar Lopes Junior

Não houve acordo nas negociações entre o Município de Mogi Guaçu e o Sindicato dos Servidores, Funcionários e Trabalhadores Ligados aos Serviços Públicos Municipais de Mogi Guaçu e Região, durante as quase duas horas de audiência no TRT da 15ª Região, na tarde desta terça-feira (17/5). Conduzida pelo desembargador Lorival Ferreira dos Santos, vice-presidente judicial do TRT, a audiência resultou, no entanto, no retorno ao trabalho dos servidores parados, considerando a proximidade de um acordo que pode acontecer no próximo dia 31 de maio, quando as partes voltam a se reunir no TRT, a partir das 14h. A greve já se estendia naquela cidade por 20 dias.

As partes chegaram à audiência já concordes com relação às cláusulas sociais e outras econômicas, porém os pontos mais críticos da negociação, que envolvem o prêmio de assiduidade e o abono salarial no valor de R$ 100, além do pagamento de outros R$ 100 sob o mesmo título, a partir do mês de abril deste ano, bem como os dias parados da greve, não foram conciliados.

O retorno dos servidores ao trabalho, proposto pelo desembargador Lorival Ferreira dos Santos, teve a garantia por parte do Município de que nenhum trabalhador sofreria qualquer tipo de retaliação ou mesmo punição. O desembargador também propôs que as partes se conciliassem sobre os dias parados, sugerindo que parte deles seja paga pelo Município, e a outra parte, compensada pelos servidores. Também propôs que a cesta básica, que é parcialmente custeada pelos trabalhadores, seja cobrada sobre o salário base, o mesmo ocorrendo com relação ao plano de saúde.