Presidência lança projeto-piloto de inteligência artificial em recurso de revista
Uma equipe de servidores de Tecnologia da Informação inicia na próxima segunda-feira (17/2) testes para avaliar como o uso da inteligência artificial poderá auxiliar nas atividades judiciais desenvolvidas pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. O projeto-piloto foi apresentado na terça-feira (11/2) pela presidente do Tribunal, desembargadora Gisela Rodrigues Magalhães de Araujo e Moraes, à vice-presidente judicial, desembargadora Tereza Aparecida Asta Gemignani, responsável pela primeira unidade judiciária da Corte que, após a implementação, irá se beneficiar da tecnologia (VPJ). A reunião de apresentação também contou com a participação da juíza auxiliar da Presidência Cristiane Montenegro Rondelli e do secretário de Tecnologia da Informação, Herbert Wittmann.
Nesta etapa inicial do projeto, os trabalhos terão como objetivo atividades de triagem por matéria, similaridade e complexidade dos recursos de revista, com os resultados submetidos à apreciação da Vice-Presidência Judicial. Durante o agrupamento dos processos, a solução de inteligência artificial também organizará um minucioso e preciso banco de informações necessárias para a tomada de decisões.
“Trata-se de um primeiro passo de algo com potencial para elevar a excelente prestação jurisdicional já oferecida por nossos magistrados e servidores a um patamar jamais visto no Judiciário”, afirma a desembargadora Gisela Moraes. A magistrada explica que a decisão de começar a utilização da tecnologia com os recursos de revista tem como fundamento o crescimento desse tipo de demanda processual nos últimos anos.
Durante o ano de 2018, foram interpostos 49.261 recursos de revista no TRT-15, com julgamento de 41.868 e 26.896 pendentes. No ano passado, o volume total de interpostos aumentou 20%, chegando a marca recorde de 59.485, com 56.458 julgados e 27.265 pendentes. “A redução do volume de processos logo após a reforma trabalhista ocorreu, inicialmente, apenas no primeiro grau de jurisdição. No Tribunal, sobretudo nos recursos de revista, ainda vamos na contracorrente, com um crescimento acelerado nos últimos anos. O bom uso da tecnologia pode auxiliar muito neste momento”, explica a desembargadora Gisela Moraes.
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