A decisão da Ford de fechar suas  fábricas no Brasil foi  mais uma vez discutida no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região em  audiência realizada por videoconferência na tarde desta quinta-feira, 28/1. Depois da reunião ocorrida na semana passada com representantes da empresa, a presidente e o vice-presidente judicial, desembargadores Ana Amarylis Vivacqua de Oliveira Gulla e Francisco Alberto da Motta Peixoto Giordani, a quem compete a análise da matéria, dialogaram com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindimetau), Claudio Batista da Silva Júnior e a equipe jurídica da entidade.

A presidente Ana Amarylis Gulla agradeceu os esclarecimentos prestados pelo sindicato representante dos trabalhadores, reafirmou que é solidária com suas dificuldades, e garantiu paridade de tratamento entre as partes, especialmente no que se refere ao diálogo com a Presidência do TRT-15. A presidente ressaltou também que “a magistratura trabalhista está especialmente sensível aos acontecimentos, principalmente pela característica humanística que possui”.

O vice-presidente judicial, desembargador Francisco Giordani, destacou a complexidade do problema e questionou acerca de como estão as negociações. O magistrado disse que o TRT está à disposição para auxiliar no diálogo com a empresa e lembrou que “o ideal é a construção conjunta das partes sobre eventuais conflitos”, e que “o ordenamento jurídico possui instrumentos para regular as situações que devem ser enfrentadas entre Ford e Sindicato”. A presidente do TRT-15 também reiterou a disposição da Justiça do Trabalho em auxiliar na solução conciliada entre as partes.