Pesquisa avalia impactos do teletrabalho e trabalho remoto entre magistrados e servidores

Pesquisa de servidor da 15ª pretende avaliar impactos do teletrabalho e trabalho remoto entre magistrados e servidores do TRT-15
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As condições de trabalho no teletrabalho e no trabalho remoto e sua relação com o adoecimento entre magistrados e servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região é tema da pesquisa de doutorado do servidor Fauzi El Kadri Filho, fisioterapeuta há 16 anos da Secretaria de Saúde do TRT-15. Além de sua importância acadêmica, a pesquisa, que foi elaborada para mapear e avaliar a relação entre o risco ergonômico, fatores psicossociais do trabalho e o adoecimento de magistrados e servidores da 15ª, nesta semana teve aprovação da Presidência do tribunal para se tornar também uma ação institucional. A pesquisa de doutorado é desenvolvida sob a orientação do professor doutor Sérgio Roberto de Lucca, na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A presidente do TRT-15, desembargadora Ana Amarylis Vivacqua de Oliveira Gulla, afirmou que “a pesquisa desenvolvida por um servidor no âmbito da 15ª é de suma importância para o conhecimento da influência do trabalho remoto e do teletrabalho na saúde física e mental de seus magistrados e servidores, e está em consonância com as prerrogativas do Comitê Gestor Local de Atenção Integral à Saúde de Magistrados e Servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, especialmente no que se refere ao apoio e compartilhamento de iniciativas, aprendizados e resultados”.  

Em 2018, o servidor Fauzi El Kadri Filho desenvolveu, nos mesmos moldes da atual, sua pesquisa de mestrado intitulada “Sintomas osteomusculares, fatores psicossociais e capacidade para o trabalho no contexto do processo judicial eletrônico (PJe)”, aprovada pela Faculdade de Enfermagem da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Nesse trabalho ele abordou as modificações dos fatores de risco ocupacionais decorrentes da implementação do PJe, destacando as relações entre os fatores psicossociais do trabalho, os sintomas osteomusculares e a capacidade para o trabalho entre os servidores de primeira instância. Na pesquisa atual, serão analisados também os aspectos ergonômicos e os transtornos mentais comuns no contexto do trabalho remoto e do teletrabalho entre servidores e magistrados do TRT da 15ª Região. Para participar da pesquisa, foram convidados magistrados e servidores de 1ª e 2ª instâncias, além de servidores da área administrativa que realizam o teletrabalho de forma regulamentada ou o trabalho remoto em decorrência da pandemia. 

Segundo afirmou o pesquisador, “diferentemente do trabalho presencial, em que as condições ergonômicas são conhecidas e relativamente uniformes entre todos os servidores, um dos objetivos da pesquisa é avaliar de que modo as condições de trabalho em casa estão relacionadas à saúde física e mental”. Além disso, “alguns aspectos relacionados especificamente ao teletrabalho serão analisados, a fim de que possam subsidiar ações preventivas no âmbito da Secretaria de Saúde do TRT da 15ª Região”, por isso “o apoio da Administração e a participação do maior número possível de magistrados e servidores são fundamentais nesta nova pesquisa, pois é a partir de uma participação expressiva que conseguiremos tirar melhores conclusões a respeito das relações entre o teletrabalho e a saúde dos magistrados e servidores e assim propor e desenvolver ações preventivas com a Secretaria de Saúde do Tribunal”, concluiu.

A pesquisa

Entre outubro e novembro de 2020, o pesquisador Fauzi El Kadri Filho, com autorização da Administração do TRT-15, desenvolveu uma pesquisa-piloto, com o mesmo teor da pesquisa atual, com 55 servidores do Fórum Trabalhista de Campinas. A ideia original era avaliar as informações preliminares e o formato da pesquisa para ampliar para toda a 15ª Região. 

Os servidores que participarem da pesquisa atual serão convidados para participar novamente entre agosto e outubro do próximo ano, de forma que seja estabelecido um acompanhamento no decorrer do tempo e seja possível compreender melhor de que forma os fatores de risco no teletrabalho se relacionam com a ocorrência de problemas osteomusculares e com a saúde mental.  Já para os magistrados que participarem da pesquisa, que terá um caráter transversal, será apenas uma única enquete com o convite também para avaliação do posto de trabalho em casa por meio de videochamada.

Unidade Responsável:
Comunicação Social