Dia Internacional do Trabalhador simboliza luta e reivindicação por condições dignas de trabalho, afirma presidente do TRT  

Dia Internacional do Trabalhador simboliza luta e reivindicação por condições dignas de trabalho, afirma presidente do TRT  
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Comemorado em primeiro de maio, o Dia Internacional do Trabalhador é declarado feriado nacional no Brasil e em vários países do mundo. Nessa data, muitas pessoas dedicam-se a passeatas, manifestações e eventos de conscientização. A data presta um tributo a trabalhadores de Chicago, nos Estados Unidos, mortos em manifestações por reivindicação da redução da jornada de trabalho para oito horas diárias, o que já era previsto pela Lei Ingersoll, porém não era cumprido pelos empregadores.
 
“O primeiro de maio possui uma enorme carga simbólica, porque rememora os avanços obtidos pelas sociedades em busca da dignidade humana oriunda do trabalho. Essa data simboliza a luta e a reivindicação por condições dignas de trabalho e representa, sobretudo, uma intensa jornada de transformação social”, afirma a presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, desembargadora Ana Amarylis Vivacqua de Oliveira Gulla. 


 
Além do Dia do Trabalhador, também é aniversário da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que foi criada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de primeiro de maio de 1943. A magistrada pontuou a relevância da Justiça do Trabalho como elemento propulsor da justiça social  e essencial para a garantia dos direitos dos trabalhadores. “Nesse primeiro de maio é pertinente evidenciar o papel da Justiça do Trabalho, que, no período de redemocratização, consagrou-se como fundamental na concretização da justiça social, não apenas na importante tarefa de defender direitos sociais que permeiam as relações entre capital e trabalho, mas também pela sua função imprescindível na condição de justiça conciliadora e de pacificação de conflitos”, assinala a magistrada.
 
A presidente Ana Amarylis destacou a participação cada vez maior da mulher no mercado de trabalho e apontou as desigualdades de gênero existentes nesse segmento. “Apesar dos avanços conquistados, as perspectivas das mulheres no mercado de trabalho ainda estão longe de ser iguais às dos homens.  Muitas mulheres ainda trabalham na chamada jornada tripla, cuidam da casa, dos filhos e trabalham fora, o que se mostra como uma grande injustiça social.” A desembargadora também comentou sobre o pequeno número de mulheres que ocupam cargos de poder e a necessidade de maior participação feminina em espaços de liderança. 
 
Relatório da OIT

 
A presidente da Corte citou o relatório da Organização Internacional do Trabalho que estima 14 milhões de desempregados no Brasil em 2022, e solidarizou-se com todos aqueles que buscam se reinserir no mercado de trabalho. Ana Amarylis salientou “a necessidade de renovarmos o compromisso com a justiça social e sermos solidários com todos aqueles que irão passar essa importante data sem emprego, e sem poder garantir condições dignas e direitos sociais básicos para si e para sua família.”

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Comunicação Social