TRT-15 cria “Canal Mulher” voltado às magistradas, servidoras, estagiárias e funcionárias terceirizadas
Uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos foi vítima de algum tipo de violência no primeiro ano da pandemia, segundo a pesquisa “Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil”, elaborada pelo Instituto Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e divulgada em meados de 2021. Nada mais, nada menos, 17 milhões de mulheres sofreram violência, seja física, psicológica ou sexual em 2020.
Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontam ainda que o país registrou naquele ano o dobro de feminicídios se comparado a 2019. Diante desse cenário, o CNJ publicou a Recomendação n.º 102, que orienta os órgãos do Poder Judiciário a adotarem o protocolo integrado de prevenção e medidas de segurança voltado ao enfrentamento à violência doméstica, elaborado pelo Comitê Gestor do Sistema Nacional de Segurança do Poder Judiciário (SINASPJ).
Em atendimento à recomendação, o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, por meio do Comitê Gestor Local de Gestão de Pessoas, criou o Canal Mulher, um ambiente virtual, hospedado no portal institucional, que aborda a temática com dados, divulga os canais de atendimento e suporte, e dá acesso ao conteúdo na íntegra do protocolo, bem como ao inteiro teor do documento publicado pelo CNJ. “O Conselho têm intensificado as iniciativas de combate a essa lamentável realidade, principalmente a partir da Resolução 254/2018 que estabelece a Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres. Nós, do TRT-15, especialmente o Comitê Gestor Local de Gestão de Pessoas, composto em sua maioria por mulheres, buscamos atingir, por meio de ações efetivas, um maior nível de conscientização sobre o tema em nossa instituição”, salienta a presidente do TRT-15, desembargadora Ana Amarylis Vivacqua de Oliveira Gulla.
Para a desembargadora Eleonora Bordini Coca, que integra o Comitê Gestor Local de Gestão de Pessoas, a violência contra as mulheres não escolhe idade, cor ou classe social e cresce a patamares cada vez mais estarrecedores no Brasil. “Toda sociedade precisa se unir para impedir os feminicídios e as mais diversas agressões que têm o gênero feminino como alvo. Não podemos mais silenciar ou tolerar a violência. Vejo com bastante otimismo a iniciativa de criação do Canal Mulher. É mais um importante passo para a preservação da vida!", assinala.
Acesse o Canal Mulher do TRT-15
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