CMAC adere ao programa UniversIDADE da Unicamp e promove oficina “Envelhecer e Rememorar” para fortalecer a cultura da justiça social
A Coordenadoria de Gestão Documental do Centro de Memória, Arquivo e Cultura do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região promoveu, nos dias 5 e 12 de setembro, a oficina “Envelhecer e Rememorar”, uma ação conjunta com o Programa UniversIDADE, organizado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Unicamp. Os encontros, com participação de 28 inscritos com idade superior a 50 anos, foram realizados na sede judiciária do Tribunal, com participação do presidente do TRT-15, desembargador Samuel Hugo Lima e acompanhamento das servidoras Cristina Paula Pera, coordenadora de Gestão Documental, Daniele Abib Dallacqua Cristofoletto e Flavia de Matos Rodrigues, da Seção de Gestão de Arquivo Permanente. A iniciativa recebeu aval da Comissão de Preservação da Memória da Justiça do Trabalho do TRT-15, presidida pelo vice-presidente judicial, desembargador João Alberto Alves Machado.
Para o presidente do TRT-15, desembargador Samuel Hugo Lima, a adesão ao projeto da Unicamp, parceira de longa data do Tribunal em outras atividades, “é de extrema importância para o fortalecimento do compromisso de ambas as instituições com a justiça social, contribuindo para a promoção da inclusão e acessibilidade à pessoa idosa".
No primeiro dia do encontro (dia 5/9), os visitantes foram recepcionados no auditório da Escola Judicial, onde assistiram a um vídeo institucional sobre o CMAC e receberam informações sobre o TRT-15. Também conheceram as propostas principais do encontro e participaram de uma roda de conversa sobre as transformações na Justiça do Trabalho e seus impactos na vida das pessoas idosas, com compartilhamento de experiências e conhecimentos.
Segundo a coordenadora Cristina Pera, o principal objetivo do encontro, o primeiro realizado pelo TRT-15 nesse sentido, é “promover a formação de uma perspectiva positiva acerca da relevância dos direitos sociais da Justiça do Trabalho, a partir de discussões sobre as transformações na história das relações trabalhistas e na proteção social à velhice, de forma a garantir que a pessoa idosa possa usufruir, em igualdade, dos benefícios e serviços proporcionados à sociedade”.
No segundo dia do encontro (12/9), os participantes fizeram uma visita guiada ao CMAC, onde conheceram, além dos documentos expostos, a organização do arquivo permanente e os critérios de avaliação. Aos visitantes também foi apresentada a história dos processos mais emblemáticos julgados pelo TRT-15, envolvendo trabalho escravo, trabalho infantil e trabalho perigoso. Os autos desses três processos são um dos atrativos do Centro de Memória. A atividade foi finalizada com a participação dos visitantes na simulação de uma audiência trabalhista, representando partes, advogados e juiz do trabalho.
Nesta etapa do projeto, o principal objetivo foi garantir o acesso às informações públicas de guarda permanente, a partir de uma linguagem de fácil compreensão. “Além disso, esse contato direto com processos antigos e documentos do CMAC visa colaborar na preservação da memória da Justiça do Trabalho”, diz a historiadora Flavia Rodrigues.
A servidora Daniele Cristofoletto salientou a importância do projeto, que está em alinhamento estratégico com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, mais especialmente o ODS 8 (Promover o trabalho decente e a sustentabilidade) e o ODS 17 (Fortalecer a comunicação e as parcerias institucionais). A servidora também destacou que é “fundamental a disseminação da visão acerca dos direitos sociais da Justiça do Trabalho como contribuição para a paz social e fortalecimento da cidadania”, e que essa percepção “pode ser construída através da análise histórica, bem como do compartilhamento de memórias coletivas e individuais, estratégias eficazes para o fortalecimento da comunicação e imagem do TRT-15 como instituição garantidora de direitos”.
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