Cerca de 200 servidores recém-empossados lotaram o auditório do Plenário Ministro Coqueijo Costa na manhã desta terça-feira, 4/7, no “Encontro da Administração com os Novos Servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região”, organizado pela Presidência e pelo Comitê de Gestão de Pessoas do TRT-15.

Ao lado do presidente da Corte, desembargador Samuel Hugo Lima, e da coordenadora do comitê, desembargadora Luciane Storer, anfitriões da solenidade, participaram também da Mesa Alta a corregedora regional, desembargadora Rita de Cássia Penkal Bernardino de Souza, o vice-diretor da Escola Judicial, desembargador Luiz Felipe Paim da Luz Bruno Lobo, representando a Comissão de Ética da 15ª, o desembargador aposentado Lorival Ferreira dos Santos, presidente da Corte no biênio 2014-2016; a coordenadora do Comitê Gestor de Equidade de Gênero, Etnia e Diversidade e de Tratamento em relação à Pessoa com Deficiência e membro da Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e do Assédio Sexual, desembargadora Eleonora Bordini Coca, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Sindiquinze), Ivan Bagini, a diretora da Secretaria Conjunta de Bauru, Viviana Xavier Geraldo Sardin, e a servidora aposentada Izabel Cristina Braga Arroyo.

Na abertura do evento, o presidente Samuel Lima deu as boas-vindas aos servidores, ressaltando sua alegria pessoal de receber novos integrantes do quadro. O presidente ressaltou a importância da consciência de cada um dos novos servidores quanto ao seu papel na instituição, que é o de “servir o cidadão num tribunal de justiça social”. O magistrado lembrou ainda a necessidade da empatia, no serviço público, bem como o tratamento com moderação e urbanidade com os colegas e com os jurisdicionados.

A corregedora Rita Penkal destacou o dinamismo e a eficiência do TRT-15 na prestação jurisdicional, mesmo diante dos números deficitários de servidores e juízes registrados desde o início da criação do tribunal, e conclamou aos novos servidores, especialmente aos que vão atuar na primeira instância, “o uso da ferramenta WikiVT, também denominada de Fluxo Nacional Otimizado de Procedimentos em Primeira Instância, para que tenham uma perfeita noção da tramitação do processo, e que em breve também estará à disposição na segunda instância”.

O vice-diretor da Ejud, desembargador Luiz Felipe Bruno Lobo, afirmou que o ingresso no TRT-15 não significa aos novos servidores “um novo emprego, mas uma missão de vida”, e “àqueles que conseguiram atravessar por essa estreitíssima porta e que deverão permanecer por muitos anos na instituição, a Escola Judicial estará sempre à disposição para a sua formação e  capacitação, garantindo que todos possam trabalhar como num perfeito funcionamento da engrenagem de um relógio”, complementou.

O desembargador Lorival Ferreira dos Santos cumprimentou a Presidência pela iniciativa do “acolhimento aos novos servidores”, segundo ele uma ação “muito louvável para despertar o pertencimento à instituição”. O magistrado falou também da importância dos comitês TRT-15, com especial atenção ao Comitê de Ética, do qual faz parte desde sua criação, e relacionou alguns aspectos da ética no serviço público elencados pela legislação, com foco no “da dignidade de pessoa humana, não um direito mas um atributo de todo ser humano, protegido pela Constituição Federal”.

A desembargadora Eleonora Coca afirmou que “a recomposição do quadro de servidores, aguardados ansiosamente por anos, reforça a sensação de esperança, com a soma de talentos e esforços para o cumprimento da finalidade da Justiça do Trabalho, que é dar uma resposta justa dentro de um tempo razoável”. A magistrada destacou três dos comitês da 15ª, que atuam diretamente em áreas de interesse dos novos servidores: o de enfrentamento ao assédio, com seu trabalho de construção do “círculo de paz por meio da justiça restaurativa”, a comissão da equidade, “responsável por tornar nossos quadros mais inclusivos por meio do apoio à diversidade”, e a ouvidoria da mulher.

A servidora aposentada Izabel Arroyo usou o púlpito para falar de sua experiência de 32 anos na 15ª e, por meio de uma fábula de empoderamento, convidou os novos servidores a pensarem sobre o seu papel de agora em diante, buscando o equilíbrio o conhecimento conquistado e os novos desafios.

A servidora Viviana Sardin, também contando sua experiência pessoal como servidora desde 1996, falou das mudanças e desafios por que passou ao longo da carreira, e sobre a necessidade constante do aprendizado e da participação ativa. 

O presidente do Sindiquinze, Ivan Bagini, por sua vez, falou da importância do sindicato para os servidores, responsável pela luta e manutenção de direitos da categoria, como por exemplo, o recente embate contra a PEC 32 que previa a “precarização do serviço público com enxugamento da Justiça do Trabalho”. 

Novos estagiários

Nesta semana, o TRT-15 recebeu também outro reforço com a chegada de aproximadamente 90 estagiários, que assumem suas atividades em diferentes áreas. O estágio pode ser uma oportunidade para a construção de uma carreira sólida na instituição. É o caso de Carmela Rezende Cardoso Vicentini, atual diretora de secretaria da Vara do Trabalho de Batatais. Sua história serve como exemplo inspirador para os novos servidores e estagiários que se juntaram recentemente ao TRT-15.

Iniciando sua carreira em 21 de junho de 1999, aos 20 anos de idade e ainda no 3º ano da faculdade, Carmela ingressou na Vara do Trabalho de Batatais como estagiária. Foi nesse momento que descobriu sua paixão pelo Direito do Trabalho e decidiu que desejava se tornar uma servidora da área. No ano seguinte, também foi aprovada em um concurso para o quadro de servidores da Prefeitura de Batatais, onde trabalhou como executante. Entretanto, isso não a impediu de continuar buscando seu objetivo de fazer parte do quadro de servidores do TRT-15. Foi aprovada no concurso de 2004, entrando em exercício na 15ª Região em 1º de julho de 2005, com o cargo de técnico judiciário.

Durante sua trajetória, Carmela ocupou diversas funções. Inicialmente atuou como administradora de redes na Vara do Trabalho de Batatais e recebeu um convite para trabalhar na sede do Tribunal, em Campinas, na Secretaria de Informática. No Serviço de Apoio ao Usuário de 1º Grau, auxiliou no suporte de dúvidas e inconsistências no programa de acompanhamento processual da época.

Após dois anos nessa área, Carmela decidiu voltar a trabalhar diretamente com o Direito. Em agosto de 2007, foi designada para a Vara do Trabalho de Itatiba. Dois anos depois, em setembro de 2009, foi transferida para São Carlos, assumindo a direção da secretaria da 2ª Vara do Trabalho daquela cidade. Em janeiro de 2011, devido a questões familiares, conseguiu uma remoção para a Vara do Trabalho de Cravinhos, que ficava mais próxima de sua família.

Em novembro de 2014, Carmela retornou à sua cidade natal, Batatais, encerrando um ciclo de transformações que resultaram em crescimento pessoal e profissional. “Venho trabalhando com muito amor e dedicação e pretendo continuar contribuindo com a Justiça do Trabalho, instituição da qual me orgulho de fazer parte”, finalizou.