Homenagem: FT de Itararé ganha nome do juiz Amauri Vieira Barbosa
O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, desembargador Samuel Hugo Lima, conduziu a cerimônia de atribuição do nome do juiz Amauri Vieira Barbosa ao Fórum Trabalhista de Itararé, realizada na quinta-feira, 6/7. O evento contou com a participação de magistrados, autoridades locais, servidores, familiares e amigos do homenageado, personalidade muito admirada na cidade.
Nascido em Itararé, no estado de São Paulo, o juiz Amauri Barbosa ingressou na magistratura do TRT-15 em 1995. Em 2000 foi promovido ao cargo de juiz titular da Vara do Trabalho de Lins, onde permaneceu por seis anos. Posteriormente, comandou a Vara do Trabalho de Cajuru por oito anos, até perder a vida em um acidente automobilístico ocorrido em 3 de janeiro de 2019, poucos dias antes de completar 58 anos.
A atribuição do nome do magistrado ao Fórum de Itararé foi proposta pela Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Amatra XV), por sugestão dos juízes José Guido Teixeira Junior, Luís Rodrigo Fernandes Braga e João Baptista Cilli Filho, amigos e admiradores do juiz Amauri Barbosa.
Durante a cerimônia realizada no Fórum de Itararé, o presidente Samuel Hugo Lima, ao lado da viúva do homenageado, Daniela Cristina Faria, do filho Henrique Ferrari de Albuquerque Barbosa e do irmão José Roberto Vieira Barbosa, realizou o descerramento da placa com a nova denominação do Fórum.
A homenagem contou com a apresentação musical Banda Clarim de Sião, da Igreja Assembleia de Deus, sob a regência do pastor Josias dos Santos. Em um momento de muita emoção, o maestro da Banda de Itararé, Mauro Vieira de Barros, primo do juiz Amauri, apresentou a música “Jango Mendes”, canção muitas vezes interpretada pelo homenageado, que também foi integrante da banda.
Discursos emocionados contaram a história do juiz homenageado. Além da personalidade extrovertida e alegre, Amauri foi apontado como um leitor voraz e um profissional exemplar. Apaixonado pela família, por futebol e por política, foi um homem dedicado à justiça e amado por todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo.
“Há seres humanos que pela grandeza de caráter que se revestem e pela importância da obra que realizam transcendem o tempo que lhes é dado viver, assim foi o juiz Amauri Vieira Barbosa”, nas palavras do juiz titular da Vara do Trabalho de Itararé, José Guido Teixeira Junior, um dos idealizadores da homenagem, que descreveu o amigo como um pacificador de conflitos, que tratava com zelo cada processo e atendia com cordialidade a todos que o procurava.
“O registro do nome do juiz Amauri nesse Fórum é um registro gravado de modo indelével na história da cidade, do TRT-15 e da Justiça do Trabalho”, destacou o presidente da Amatra XV, juiz Sérgio Polastro Ribeiro. “Gerações passarão, mas seu nome continuará presente na história, pelos seus grandes feitos e pelo seu legado”, completou.
Em nome dos familiares, José Roberto Vieira Barbosa, irmão do juiz homenageado, partilhou memórias da infância em Itararé. José Roberto descreveu o irmão como um “intelectual humanista e progressista, combatente nas lutas pela redemocratização do país nos tempos da ditadura militar, alguém que sempre propugnou pela ética e pela justiça social”.
Ao falar da carreira do homenageado na magistratura do TRT-15, o presidente Samuel Hugo Lima destacou que o juiz Amauri “era mais do que um bom magistrado, era um contador de histórias, inspirado em suas reflexões sobre a vida e o Direito”. Mencionou a história narrada no artigo intitulado “O cão por testemunha”, de autoria do juiz Amauri, publicado na Revista do TRT-15 em 2016, caso que revela o senso de justiça do homenageado.
O presidente Samuel falou também das paixões por futebol, leitura, ferroviária e política. Revelou o pseudônimo adotado pelo magistrado, Charrua, inspirado em uma tribo indígena que admirava, e finalizou desejando que a memória de Amauri permanecesse viva, inspirando a seguir seus passos de dedicação, retidão e humanidade.
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