TRT-15 inicia formação de laboratoristas da inovação
Teve início nesta quarta-feira, 22/3, a primeira oficina do Laboratório de Inovação e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Liods) do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. O encontro, realizado no formato virtual, e que integra o Módulo 1 do programa de formação dos primeiros 20 laboratoristas da 15ª, contou com a participação da coordenadora-geral do Comitê Gestor Regional da Inovação, a juíza auxiliar da Presidência, Daniela Macia Ferraz Giannini. Ao todo serão cinco oficinas virtuais em março, no primeiro módulo, e outras duas presenciais em julho, totalizando 27 horas-aula, com participação da especialista no tema Gisele Molinari Fessore, diretora da Subsecretaria de Comunicação, Conhecimento e Inovação da Justiça Federal de São Paulo.
Em sua recepção de boas-vindas, a juíza Daniela Giannini, representando no ato o coordenador-geral nato do Liods do TRT-15, o presidente, desembargador Samuel Hugo Lima, afirmou que foi com “grande entusiasmo” que aceitou o convite do presidente para a coordenação desse trabalho, em parte por ter comprovado, na prática, as vantagens da inovação baseada no método Design Thinking. A magistrada afirmou que o uso da inovação foi decisivo para a equipe da Assessoria do Recurso de Revista do tribunal para baixar, alguns anos atrás, um saldo de 25 mil processos pendentes de análise de admissibilidade. Segundo a juíza Daniela, “nem sempre a solução inovadora envolve uso de tecnologia, bastando às vezes fazer diferente e fazer melhor com simples alteração de rotinas de trabalho, designação de participantes e maior envolvimento de todos”. A magistrada ressaltou também a importância da “atividade colaborativa e da inovação como contraponto a uma sociedade competitiva”, e especialmente na Justiça do Trabalho, “a construção de relações mais verdadeiras, que torna o jurisdicionado o principal beneficiado dessa cultura”.
Para uma cultura de inovação
O objetivo principal das oficinas é desenvolver magistrados e servidores qualificados para atuarem em caráter voluntário nas atividades do laboratório, os chamados “embaixadores da inovação”, responsáveis principalmente pelo suporte na disseminação da cultura da inovação no Tribunal. Dentre essas atividades, os laboratoristas deverão atuar como facilitadores nas oficinas presenciais ou virtuais, por meio das quais serão criadas propostas de solução para problemas institucionais complexos.
Nessa primeira ação formativa, foram abordados conteúdos gerais, essenciais para a compreensão da cultura de inovação, além da metodologia “Design Thinking”, para a facilitação on-line. No segundo módulo, em julho, serão abordados conteúdos relacionados à facilitação de oficinas presenciais.
O Laboratório de Inovação é um novo espaço de trabalho do Tribunal, voltado para a construção conjunta de soluções para os problemas vivenciados em nosso dia a dia, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de ideias inovadoras, a partir dos pilares da criatividade, modernidade, colaboração, flexibilidade e multidisciplinaridade. É também o ponto de conexão com as unidades e Comitês do Tribunal, com o cidadão e a sociedade civil, por meio de redes de inovação, tecnologia e técnicas de desenvolvimento institucional sustentável.
Concurso
O tribunal lançará um concurso cultural destinado a magistrados e servidores para escolha do nome definitivo do Liods. O edital deverá ser publicado nos próximos dias.
Embaixadores da inovação
A principal função dos laboratoristas é a facilitação das oficinas de inovação, coordenadas pelo Liods do TRT-15. Cabe a eles, assim, aplicar metodologias para a solução de problemas, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de ideias inovadoras, construir soluções e propor projetos a partir dos seguintes princípios: foco no usuário; colaboração, sustentabilidade socioambiental, criatividade, modernidade, flexibilidade e multidisciplinaridade. Além disso, serão também parceiros na disseminação e compartilhamento da cultura da inovação em sua rotina diária, sendo propositivos na forma de olhar para “problemas”, encarando-os como um desafio e uma oportunidade. Dentre as habilidades que se espera de um laboratorista estão o pensamento criativo, a boa comunicação, a atitude colaborativa, a habilidade na resolução de problemas, orientação para resultados e atualização constante.
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