Desembargadores Eliana Toledo e Lorival palestram no encerramento do curso de PPA

Encerrou nesta sexta-feira, 30/8, o curso “Programa de Preparação para Aposentadoria – Magistrados e Servidores”, organizado pela Secretaria de Saúde em parceria com a Secretaria de Gestão de Pessoas do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. O encontro, realizado no auditório da Escola Judicial, contou com uma programação de três dias de atividades com temas que abrangeram aspectos financeiros, legais, psicossociais e administrativos da aposentadoria no Tribunal. Participaram do curso três juízes do trabalho e 24 servidores.

#ParaTodosVerem: participantes da roda de conversa posam para foto.

A última palestra, com o tema “Vida de Aposentado”, trouxe relatos pessoais de magistrados e servidores já aposentados e contou com a participação especial da primeira mulher presidente do TRT-15 (biênio 2002-2004), desembargadora aposentada Eliana Felippe Toledo, representando a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Amatra XV), e do desembargador aposentado, também ex-presidente do Tribunal no biênio 2014-2016, Lorival Ferreira dos Santos. Compartilharam depoimentos ainda os servidores aposentados José Aristéia Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Sindiquinze), e Izabel Cristina Braga Arroyo.

O evento teve início leve e descontraído com uma paródia da canção de Martinho da Vila, “Canta, canta minha gente”, escrita pelo servidor Maurício Bonilha Orsi e executada no cavaquinho. O sucesso da composição foi confirmado quando os presentes começaram a entoar juntos o refrão “canta, canta, minha gente / deixa o trabalho pra lá / canta forte, canta alto / que eu vou me aposentar”. O olhar emocionado de alguns dos presentes revelavam as dificuldades psicológicas que a nova situação pode oferecer. Muitos deles, antes do curso, ainda não tinham informações suficientes para decidir quanto ao seu futuro financeiro, ou de como dispor do tempo livre, por exemplo.

O juiz André da Cruz e Souza Wenzel, titular da VT de Aparecida e integrante do quadro de magistrados da 15ª desde 1995, afirmou que já terá reunido as condições necessárias para a aposentadoria a partir do dia primeiro de outubro deste ano, porém pretende continuar trabalhando. Para ele, a participação no curso de PPA serviu para melhorar alguns conhecimentos importantes, de ordem prática, como a remuneração e preparação financeira, mas também de outros, de natureza psicológica.

Já Lucineide Almeida de Lima Marques, titular da 1ª VT de Jaú, só terá reunido as condições para sua aposentadoria em janeiro de 2027. Até lá, a magistrada deverá continuar trabalhando. Entre seus possíveis planos para o futuro, estão provavelmente morar um período nos Estados Unidos, um sonho antigo, e ainda investir num pequeno empreendimento. Sobre o curso, ela afirma que é altamente recomendável e que aborda diversos temas necessários para quem pretende se aposentar.

A servidora Elza Nunes Pereira já reuniu as condições para a aposentadoria desde 2016, porém só agora está pensando mais seriamente em parar de trabalhar. O motivo, unânime praticamente entre todos, é o de aproveitar melhor o tempo para realizar novos projetos, estudar algo diferente, sem a preocupação de ter de se capacitar para o trabalho. “Sempre quis estudar línguas e muitas vezes pensei em fazer algum curso de artesanato, mas por causa da correria do dia a dia, esse sonho sempre ficou para depois”. Sobre o PPA, Elza afirmou que sempre soube, em linhas gerais, do que se tratava, mas quando decidiu de fato fazer o curso, surpreendeu-se principalmente com o aspecto da socialização que o encontro de dois dias e meio promoveu entre os participantes.

Experiências compartilhadas

Compartilhando suas experiências, a desembargadora aposentada Eliana Felippe Toledo apontou alguns benefícios que aAmatra XV proporciona aos magistrados e servidores aposentados, tais como o auxílio-farmácia (benefício que indeniza integralmente o pagamento de remédios de uso contínuo) e os eventos sociais para confraternização de magistrados. Ela destacou, também, a importância do convívio social para a redução do estresse e para a saúde psicológica do aposentado. Com seus 88 anos, a magistrada afirmou que ainda mantém uma rotina de atividades e que gosta de participar, sempre que convidada, dos eventos do TRT-15, inclusive como palestrante. As responsabilidades, segundo ela, ajudam a garantir a saúde mental.  

O desembargador aposentado Lorival Ferreira dos Santos destacou as possibilidades que se abrem com a aposentadoria. “A rotina muda”, afirmou. Mencionou o tempo disponível para cuidar da saúde e as novas perspectivas de passeios e viagens que se apresentam. Ainda enfatizou a importância de se cultivar boas lembranças da época do trabalho, da boa convivência com os colegas, e de buscar ajuda psicológica em casos de necessidade de adaptação à nova etapa da vida. 

A servidora Izabel Arroyo destacou a importância de se reconhecer os sinais de que a aposentadoria é uma boa opção. Segundo ela, esses “sinais” podem ser percebidos quando a convivência com colegas do trabalho fica conflituosa, quando há desânimo no cumprimento das tarefas, dificuldades com horários etc. Já o presidente do Sindiquinze, José Aristéia, ressaltou os benefícios proporcionados aos servidores pela instituição, como as colônias de férias de Caraguatatuba, e a de Barra Bonita, a ser inaugurada em breve.

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Comunicação Social