Solenidade marca ratificação de posse dos desembargadores Scynthia Tristão e André Rizzardo
Os membros da Corte do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, sob a presidência da desembargadora Ana Paula Pellegrina Lockmann, se reuniram na tarde desta quinta-feira, 13/11, para a cerimônia de ratificação de posse dos desembargadores Scynthia Maria Sisti Tristão e André Augusto Ulpiano Rizzardo, promovidos, respectivamente, pelo critério de antiguidade e merecimento, e empossados em outubro. No auditório do Pleno, em clima de festa, reuniram-se magistrados, servidores e convidados dos empossados. A cerimônia de ratificação de posse marca o momento para os novos desembargadores compartilharem com os colegas, familiares, amigos e toda a comunidade jurídica, a alegria institucional de integrarem o colegiado do TRT-15. Prestigiaram o evento, entre outras autoridades, os desembargadores aposentados Renato Buratto e Fernando da Silva Borges, que presidiram o TRT-15, o desembargador Luiz Felipe Paim da Luz Bruno Lobo, diretor da Escola Judicial da 15ª e representando, no ato, a Presidência da Associação Nacional de Desembargadores, e o professor centenário, doutor e mestre Oris de Oliveira.
Como já se tornou tradição da cerimônia, os novos desembargadores foram conduzidos ao Pleno pelas mãos de seus colegas. A desembargadora Scynthia Tristão foi conduzida pelo corregedor regional, desembargador Renan Ravel Rodrigues Fagundes, e pela desembargadora Andrea Guelfi Cunha. Já o desembargador André Rizzardo foi levado a seu assento pelas mãos das desembargadoras Thelma Helena Monteiro de Toledo Vieira e Larissa Carotta Martins da Silva Scarabelim.

Na Mesa Alta, ao lado da presidente da Corte, desembargadora Ana Paula Lockmann, tomaram assento Ronaldo José de Lira, vice-procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho da 15ª Região; juiz Francisco Duarte Conte, presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 15ª Região (Amatra XV); juiz Bruno José Perusso, coordenador adjunto da Justiça do Trabalho da Associação dos Magistrados Brasileiros, representando seu presidente, Frederico Mendes Júnior; André Almeida de Azevedo Ribeiro, chefe da Delegacia de Polícia Federal em Campinas; Cel Daniel Aguiar, representando o Comando da 11ª Brigada de Infantaria Mecanizada; e Adriana de Oliveira Saltarini, vice-presidente da Comissão de Direito do Trabalho da 3ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, neste ato representando a Presidência da OAB Campinas.

Antes da abertura do púlpito para os discursos, o Coral do TRT-15 se apresentou, sob a regência do maestro Nelson Silva, com a execução de duas músicas da MPB: Cadê o Boi, de Tavinho Moura e Gonzaguinha, e No novo tempo, de Ivan Lins e Vítor Martins.

O presidente da Amatra XV, juiz Francisco Conte, ao cumprimentar os novos desembargadores, afirmou que a ascensão de ambos ao novo cargo é “resultado de décadas de dedicação, competência e compromisso ético com a Justiça”, celebrada pelas “histórias de sacrifício e vocação pública, que se unem à missão maior de fortalecer a nossa Corte”. O magistrado ressaltou que a experiência dos desembargadores Scynthia e André, “construída ao longo dos anos, não apenas aperfeiçoou o trabalho, mas também fortaleceu valores, ampliou perspectivas e consolidou a capacidade de julgar com equilíbrio, empatia e justiça”.

Coube à desembargadora Rita de Cássia Penkal Bernardino de Souza, em nome dos membros da Corte, saudar os novos desembargadores Scynthia e André. Em seu discurso escrito com alma, coração e alguns traços de humor, a desembargadora falou sobre a vida. A infância, a juventude, os estudos, os encontros, o amor, a família, os filhos, e como não poderia deixar de ser, a carreira na Magistratura… tudo foi contado com muito carinho. Mas não esqueceu dos desafios diários enfrentados pela Corte, e sobre isso, comemorou a chegada de dois novos membros, a quem chamou de “integrantes combativos, corajosos e cheios de energia para debelar esse movimento, atendendo ao jurisdicionado”. A magistrada, ao encerrar sua fala, expressou “a mais profunda confiança” na atuação dos dois novos desembargadores, cujas decisões “serão sempre balizadas pela sabedoria, pelo equilíbrio e pela incansável busca da verdade”, afirmou.

A presidente Ana Paula Lockmann também ressaltou a caminhada dos empossados, “marcada por coerência e compromisso”, e que “honra este Tribunal e a magistratura brasileira”. As trajetórias de vida dos novos membros da Corte, segundo a presidente, “se confundem com a própria história deste Tribunal e simbolizam, de forma exemplar, a força, a competência e a humanidade da magistratura da 15ª Região”. E falando em história, a presidente destacou a chegada de ambos neste que é um “momento histórico, marcado pela ampliação da segunda instância, um tempo em que reafirmamos, com convicção, a missão da Justiça do Trabalho de proteger a dignidade da pessoa humana e promover o trabalho como valor essencial à cidadania e à paz social”.
A presidente também salientou algumas das principais características dos empossados. Sobre Scynthia Tristão, destacou seu “percurso longo, consistente e profundamente humano”, com “marcas de competência técnica, serenidade e dedicação”. De personalidade marcante, a nova desembargadora mantém uma “presença tranquila e o olhar empático” lembrando a todos que “a boa Justiça se faz com conhecimento e sensibilidade”.
“Igualmente admirável” é a história do desembargador André Rizzardo, cujo “perfil discreto e colaborativo o levou a exercer funções estratégicas na administração do Tribunal, além de ter estado convocado no segundo grau, desde 2004”, destacou a presidente. Magistrado vocacionado, “sempre busca aprimorar a prestação jurisdicional com simplicidade, eficiência e espírito de colegialidade”, sabendo “ouvir, ponderar e construir consensos, qualidades importantes em um tribunal comprometido com o diálogo e a pacificação social”, concluiu.

Desembargador André Rizzardo
Em seu discurso, o novo desembargador marcou suas palavras pela gratidão, em primeiro lugar a Deus, “pedindo, sempre, a luz e a proteção para bem decidir e exercer o cargo”. Magistrado de carreira construída ao longo de quase 30 anos, exercida “com retidão e compromisso” e sempre com dedicação “de corpo e alma”, o empossado não esqueceu de agradecer o apoio da família que nessa trajetória “foi e continua sendo essencial”. À esposa Ieda e aos filhos Artur e Heitor, seus amados, agradeceu pela paciência e o respeito. Agradeceu também ao saudoso pai José Augusto e à mãe Ana Amélia, que “me ensinaram os valores e virtudes de agir com honestidade e trabalho, como meio de alcançar a felicidade”, e aos sogros Maria Aparecida e Josué. Por fim, estendeu seus agradecimentos aos pares, “desembargadoras e desembargadores, de ontem, e de hoje, que tanto me apoiaram e continuam presentes em minha vida”. O magistrado também agradeceu à sociedade brasileira, pela confiança em seu trabalho e por oferecer os meios para bem exercer a Judicatura, e encerrou com uma mensagem de esperança pelo nosso país, que “é belo e virtuoso”, e ao futuro, no qual acredita, pela luta e pelo trabalho de tantas pessoas!

Desembargadora Scynthia Tristão
Também marcado por agradecimentos à família, amigos, servidores e pares, o discurso carismático da nova desembargadora tocou o público pela emoção e, em alguns momentos, pela leveza das palavras, que reconheceu, de início, que “maior do que a honra é a responsabilidade de integrar esta Corte de Justiça, que figura entre as mais respeitadas do país”. A magistrada, que um dia sonhou em ser escritora, registrou algumas de suas impressões recolhidas ao longo de sua caminhada de 32 anos no tribunal, especialmente as transformações tecnológicas e a inteligência artificial que, atualmente, é aplicada à gestão e à jurisdição. Mas não deixou de lado as histórias de vida, tantas e tão diferentes, marcadas pela “luta, superação, sofrimento e esperança” que conheceu como juíza, nos processos que julgou. À família, a nova desembargadora reservou aos pais, Sílvia e Aylton, à filha Ana Clara e ao marido, o juiz Alessandro Tristão (atual juiz auxiliar da Corregedoria do TRT-15), palavras de carinho com trechos de poema sobre o passar do tempo, de Carlos Drummond de Andrade, e versos de músicas que marcaram suas experiências.
Ao encerrar sua fala, a desembargadora Schynthia disse que assume o novo desafio com o mesmo ideal que a trouxe à magistratura, e reafirma “o compromisso de continuar a servir à Justiça do Trabalho com integridade, empatia e responsabilidade e, humildemente, contribuir para que este tribunal continue sendo exemplo de excelência e humanidade no exercício da jurisdição”.
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